Mostrando postagens com marcador politicamente incorreto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador politicamente incorreto. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Os Black Blocs



Tenho pensado sobre os Black Blocs e suas manifestações depredativas.
Os jornais não param de apontá-los. Vândalos, sem caráter, diabólicos,destruidores. De onde será que veio tudo isso?

Para dar início a discussão devemos ter em mente que primeiro: o pensamento da população é manipulado e direcionado com grande influência política; segundo: toda insubordinação causa medo, que consideravelmente atrai a mídia e por consequência a atenção dos poderes.

"Se a tarifa não baixar São Paulo vai parar"
Quando estive em julho nas manifestações em Campinas, me interessei em ver de perto a cara lavada da tropa de choque militarizando manifestantes. Cercaram a prefeitura como se tivéssemos interesse em sequestrar o prefeito.

 Queríamos apenas expor nossa indignação diante de problemas sociais do qual estamos saturados de colocar em debate.
Parecia que estávamos diante de uma casa coberta por diamantes onde plebeus jamais passariam por perto.

Incrível como em pleno século XXI, não temos liberdade em circular pelas ruas, em gritar o que se tem vontade, em proclamar nossos direitos. Que ordem e progresso é esse?
A ordem da polícia, o progresso não sei de quê.

Deixe- nos tomar as ruas para reivindicar e tomar partido que não seremos culpados por depredações.
Será que funciona se que o que move é a raiva?

E ela surge da falta de competência e humanidade de uma polícia que vergonhosamente faz o seu papel, o de ridículo.
Cenas e fotos feitas de policiais passando o limite do que possa ser desacato a autoridade são lamentáveis.
Nunca concordei com que tipo de autoridade a polícia é ou deixou de ser. Não adianta, a reputação é suja e não há quem limpe.

E o desacato com os manifestantes?
Que autoridade a polícia tem em se meter onde não tem competência para administrar? Sinceramente eu não entendo.

Não concordo com a forma destrutiva de bens sociais dos Black Blocs, mas eu posso entender de onde este pensamento vem.
Quando eu como manifestante, após um dia de trabalho saí as ruas e sem saber por qual motivo estava sem conseguir respirar com aquela sensação de inseto sendo intoxicado por RAID também me deu raiva.

E se eu tivesse forças, cara de pau e coragem, também tacaria tijolos nos vidros da prefeitura ou quem sabe socaria tiros de borracha nos "coxinha".
Claro que isso não resolve nenhum problema e não quero fazer apologia à violência, mas somos seres humanos e o que vem, volta.

Os Back Blocs desafiam a ordem. E que ordem?
Atacam a polícia, destroem propriedades e depredam o que tem pela frente para chamar a atenção às autoridades políticas baseadas no capitalismo inconformado. A maioria são de anarquistas ou grupos que buscam o mesmo "objetivo político" ou a falta dela. Geralmente são os mesmos, de expressar "solidariedade" diante da repressão do Estado.

São os politicamente incorretos, os que não dormem com espinhos na garganta, que gritam e sabem pelo que lutam.
Não são manifestantes, são protestantes e a intenção é de intimidar, aterrorizar.
O papel da mídia é caçar seus líderes, o deles é de fazê-los mais. Afinal, a democracia é fraca quando se tem um poder constituinte que não é ouvido.

Eles são a resposta à violência policial. Uma forma de protesto baseada na depredação de símbolos do estado e do capitalismo. Fazem o que a maioria não tem coragem de fazer.
São minoria diante da covardia e violência dos nossos "Senhores".

Tudo o que o povo brasileiro quer são respostas que não são dadas.
Se me perguntam se concordo com a violência digo que não.
Se me questionam se sou a favor do movimento digo que os entendo.

Dizem que os Black Blocs acabam com o que é de gasto público e seremos nós que pagaremos o concerto.
Ao menos veremos para onde vai o nosso dinheiro que não estará em cuecas e contas diversas milionárias para fora do país.

Hoje em dia ser polícia é motivo de chacota, ser político de corrupção, e ser manifestante?
Meu caro, estamos apenas atrás do futuro da nação.



Por Gabriela Peres


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Comer bebês é proibido afirma governo.


"Num país onde culturalmente é bonito lucrar com a mentira; a verdade não diverte".

Frase típica de um dos maiores humoristas de sucesso que temos hoje em dia no Brasil. Ainda descreve o humor como usar lapsos de verdade num cotidiano hipócrita.

O politicamente incorreto passou longe de ser sincero e engraçado. Mostrar o podre das pessoas, do governo e da sociedade usando o humor é a forma mais inteligente que temos para chamar a atenção de quem não se manifesta. Politizar é conscientizar. 

Certamente não se trata apenas de política, mas do oposto a tudo. De conseguir mostrar os problemas com humor, usando de escape a democracia da liberdade de se expressar que temos direito em nosso país. Infelizmente, como vivemos em tempos "ainda" de censura tapada por debaixo dos panos, temos que nos submeter a certas ridicularidades que o governo nos prega. 

Temos como exemplo uma professora do Amapá, Alcinéia Cavalcante Costa, de 57 anos que foi alvo de processos movidos pelo nosso Ilustre Senhor José Sarney, um dos honoráveis bandidos mais populares do governo brasileiro. A multa chegou ao valor de dois milhões de reais, como a professora não possuía a quantia, teve sua conta bloqueada. O problema ocorreu porque o "Dono do Maranhão" se sentiu ofendido quando a mesma em seu blog sugeriu que os internautas fizessem um adesivo com a frase “o carro que melhor combina comigo é o camburão da polícia" e colassem no veículo de algum candidato. 

Genial. Pra quem não sabe José Sarney e sua corja governa, lidera e manipula todo o Maranhão. Com base em um poema feito para nosso político, ruas possuem seu sobrenome e nomes de familiares. Tem a farmácia Sarney, o colégio Sarney, o hospital Sarney, as estradas e rodovias Sarney e caso queira ter onde reclamar, dentro da câmara tem uma sala especial do Sarney. Engraçado se fosse apenas uma brincadeira. Mas é a realidade. O "bigodudo" lidera a anos um estado inteiro onde nem a Dilma se mete. 

Manda, desmanda, faz o que quer, rouba quanto puder e ninguém pode falar sobre o assunto? Se sente ofendido e processa? O que é mais vergonhoso? A situação do Maranhão ou o Governo que nele não manda não? Inaceitável que ainda se aceite isso. O politicamente incorreto interessa até que não manifeste a vida de quem tem poder. De quem manda no povo. 

Pessoas se ofendem com pouca coisa, e o mais engraçado é que se ofendem com a verdade. Preta Gil se indigna porque a chamaram de gorda. Então ela é magra? Processaram o Alexandre Pires porque fez uma música que misturava mulher gostosa, jogador de futebol e macaco. Então o cara é racista? Wanessa Camargo processa porque falaram que comeriam ela e seu bebê. 

São piadas ou comentários tão medíocres, que apenas pessoas mais medíocres ainda para se importar com elas. Pessoas que não se aceitam, não enxergam seus próprios defeitos e não conseguem lidar com eles. Nem mesmo com humor.

Hoje o politicamente incorreto vem pra tirar onda com “manés” da sociedade, tirar onda com as situações que agente vive, tirar onda consigo mesmo. Levar na esportiva, brincar, falar besteira, rir dos outros, mas principalmente a rir de si mesmo. Depois que agente aprende isso, os outros são apenas os outros. E agente fala o que quiser pra quem quiser ouvir. 

O Sarney agora ta doente. Mas morrer não resolve pra gente. Tem que afundar a família inteira e seus amigos políticos jogar na peneira. Uma bomba não cairia mal, e eliminaria de uma vez esse estado de gente que vota mal. Piada não vale nada gente. Ou você se importaria se morresse esse doente? Quem mais aí ta grávida pra gente querer comer? Importa-se com isso quem não tem o que fazer. 

Por Gabriela Peres

________________________________
Texto baseado no site http://www.folhapolitica.org/2013/05/blogueira-censurada-poder-ter-que-pagar.html e frases de Danilo Gentili

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Deixa eu falar filha da puta.

♪ Foi mal, foi mal, foi mal ae véi
Se eu falei um monte de coisa que você não gosta
Com o microfone eu tenho a faca e o queijo
Olho o jornal, eu ouço rádio, eu só ouço bosta
E na TV eu não gosto de nada que eu vejo ♪ 

Barbudos, barulhentos, fedorentos, drogados e alcoólatras é bem a noção que se tem do Rock. De quem canta, de quem toca, de quem gosta. 
O Rock and Roll sai do convencional com suas letras dinâmicas, expressivas e cheias de palavrão. Dizem o que sentem vontade sobre o que vivemos em sociedade e por diversas vezes deixamos de prestar atenção na mensagem que a música passa. 

Assim como o rap, o reggae e  o hardcore, o Rock sai do que é considerado normal e mostra em suas melodias mais do que a sociedade espera. São os então chamados polêmicos ou foras da lei. 

É de se esperar que a maioria da população mundial, para uma vida plena e saudável, seja seguidor das leis, não cuspa no chão ou tenha medo de falar o que pensa sobre algum assunto por questões do tipo, manter a integridade, manter o emocional e até mesmo não magoar o coração alheio pobre e ingênuo. 

A questão é, algumas pessoas não são assim. E nem porque querem ser polêmicas, caóticas ou politicamente incorretas.  Mas porque não aceitam serem politicamente desonestos. Desonesto com a verdade, consigo mesmo, com o próximo. Não ter medo de ser criticado pelo que pensa e simplesmente dizer. Dizer e manipular o sentimento de quando nos perguntam o porquê de tanta revolta. 

Acredito que quem pensa desta forma, além de medíocre, é o reflexo de que a pessoa não está entendendo nada daquilo que você esta expondo. Acham que ter opinião é ser carro chefe de quem quer aparecer.
As pessoas esquecem de que vivemos em um país "reprimidérrimo", onde "botam na bunda da gente" e ninguém  reclama. Agente come cocô e acha graça. E quando aparece quem não concorda com o que esta fora do que os grandes intelectuais determinam, são tachados como esses seres diferentes da sociedade aceita. 

Eu não entendo o direito que o governo acha que tem para estipular o que uma pessoa deve por na boca ou tirar dela. 
Cada um tem o direito de falar o que bem entender. Ofendendo o outro ou não. Azar. O ofendido geralmente é um idiota.

Eu posso não gostar de sertanejo, de rebolar no funk, de anões, de usar calça jeans, de gente azul ou com três cabeças. E é um direito meu de me manifestar se me der vontade. Não cabe a você julgar o que eu falo ou não. Afinal, quem é que não tem preconceitos?

Tanto porquê você também julga, a diferença é que prefere ter uma imagem serena e bondosa diante dos outros e é fraco o bastante pra se conter com as aparências.

Gigantes fazem as leis, e eu posso não concordar com elas. 
A livre expressão é o que constrói a nação.
Independentemente da moeda ou sua cotação.
Deixa eu falar filha da puta! Expressão!!!!

Por Gabriela Peres



_________________________________________
Texto baseado em frases do Cantor Lobão em entrevista ao AET e 
na música Deixa eu falar dos Raimundos.