Há dias
procuro uma pauta para escrever e não encontro.
Quando se tem liberdade para escolher o tema, qualquer coisa vira inspiração para redigir mas quando o assunto é tabelado, você dá voltas e voltas e não acha o que precisa.
Quando se tem liberdade para escolher o tema, qualquer coisa vira inspiração para redigir mas quando o assunto é tabelado, você dá voltas e voltas e não acha o que precisa.
Senta, come,
olha no celular, levanta, bebe água, dá uma olhada na rua, senta de novo, olha
sua rede social, pesquisa na internet, assisti a um vídeo engraçado, procura
algum debate inteligente para extrair ideias, faz anotações, come de novo, olha
no celular e assim é o ciclo vicioso da falta de inspiração.
Você pensa
num determinado tema, começa a escrever, lembra de dar atenção ao seu cachorro,
volta e acha todo aquele parágrafo uma porcaria e cria em si mesmo um ato desesperador
de se escrever qualquer coisa porque não aguenta mais essa falta de ideias.
No meu
limite da falta de criatividade resolvo interceptar meu chefe para que se faça
Deus e me dê uma luz. Afinal, é ele quem vai publicar a próxima ideia que ainda
não tive. E então quando começo a suplicar ajuda resolvo escrever sobre essa
falta de conteúdo em mim mesma.
Não devo ser
a única, e pode ser que consiga ajudar outras pessoas tão desesperadas quanto a
mim que de hora ou outra se depara com a falta de instigação de seu próprio
cérebro e isso irrita.
Qual
jornalista não tem ideia e criatividade? Nunca vi isso.
Pauta estipulada dá uma travada na cabeça, parece que você tem distúrbios e déficit de atenção. Tudo parece mais interessante, menos escrever. Até que você fica desesperado e vomita qualquer coisa no papel, faz uma pesquisa ou outra e até que sai alguma coisa.
Nada se
compara a quando você tem inspiração. Seu texto não é mais qualquer texto feito
às pressas para tapar buraco. Você passa a amá-lo admirá-lo e respeitá-lo. O
namora por diversas vezes, corrigindo, mudando uma coisa ou outra,
acrescentando algo esquecido.
Enfim,
passamos por dias de tormentas, mas também de glórias.
Problemas
para escrever? Acalme-se e respire fundo. O único problema para a solução de
não pensar, é pensar. Redatores em geral, arrasta-se para o computador e da
pulos de alegria a cada interrupção, seja qual for. Escrever não é fácil,
requer talento, disposição, criatividade, inteligência e força de vontade.
Redigir é
uma tarefa árdua onde a preguiça fala mais alto. Escrever bem exige exercícios,
muito exercício, o resultado final compensa.
Não perca o
ânimo de escrever caso tenha dificuldades e certo tipo de bloqueio. Pesquise o
tema, seja objetivo, se não sabe como começar, apenas comece.
Concentre-se em qual é a mensagem que deseja passar, quem deseja atingir e escreva da forma mais simples possível. Textos cheios de explicações científicas com palavras inadequadas cansa, e ninguém lê até o final. Quando surgir uma ideia, anote, leve bloquinhos na bolsa. Surgiu uma ideia ou pensamento, anote o mais rápido possível, nosso cérebro não para e definitivamente em dez segundos você pode esquecer aquela ideia brilhante que acabara de ter.
Concentre-se em qual é a mensagem que deseja passar, quem deseja atingir e escreva da forma mais simples possível. Textos cheios de explicações científicas com palavras inadequadas cansa, e ninguém lê até o final. Quando surgir uma ideia, anote, leve bloquinhos na bolsa. Surgiu uma ideia ou pensamento, anote o mais rápido possível, nosso cérebro não para e definitivamente em dez segundos você pode esquecer aquela ideia brilhante que acabara de ter.
O mais
importante não é como sua redação começa, mas sim como termina. Não tente
escrever a versão final do seu texto e frases marcantes no início. A edição do
texto leva tempo, mas é crucial para o bom resultado. A boa redação também
exige reescrever. A meta é clareza, concisão e objetividade, devemos isso à
mensagem que pretende passar, a seu leitor e a si mesmo.
Faça
pesquisas, não é plágio ler resumos sobre o tema, afinal ninguém sabe tudo. Faça
perguntas ao seu próprio texto e descubra nele o que falta. Lembre-se que o
valor do texto só é bom se o conteúdo for seu.
Dizia Edward Wakin, professor de comunicação na Fordham University: "O leitor é um consumidor olhando vitrines".
Com o tempo e exercícios, perceberá seu estilo de escrever, suas qualidades e pontos a corrigir. Escrever sempre será um treino, onde quem vence é sempre o escritor.
Dizia Edward Wakin, professor de comunicação na Fordham University: "O leitor é um consumidor olhando vitrines".
Com o tempo e exercícios, perceberá seu estilo de escrever, suas qualidades e pontos a corrigir. Escrever sempre será um treino, onde quem vence é sempre o escritor.
Por Gabriela Peres